04 janeiro 2010

Pegando carona no texto abaixo

Acabo de saber que graças à pressão da oposição, o relator-geral Geraldo Magela (PT-DF), retirou do projeto orçamentário para 2010, 2,4 bilhões de reais em emendas. Segundo ele, por causa disso, a Copa do Mundo de 2014 vai perder 1,8 bilhão de reais em investimentos.

O DEM e o PSDB exigiram que fossem retiradas do Orçamento todas as emendas do relator que fossem relativas a investimentos. Isso porque, segundo eles, Magela teria mais poder para direcionar investimentos do que bancadas regionais. A oposição considera que muitos recursos eram supostamente destinados a beneficiar redutos eleitorais do governo.

No total, Magela fez mais de 2.000 emendas ao Orçamento. Um acordo com a oposição fez com que fossem retiradas mais de 100. Na semana passada, o líder do DEM no Congresso, Ronaldo Caiado, ameaçou pedir a destituição de Magela da relatoria-geral, acusando-o de não cumprir o acordo feito em plenário no dia da votação da lei.

Não vou entrar no mérito do inchaço do orçamento federal que de 2002 para cá, cresceu assustadoramente sem, no entanto, que o seu crescimento fosse revertido em beneficios para a população. Quero apenas destacar o absurdo que é um país como o nosso investir mais de 1 bilhão de reais na construção e reforma de estádios que poderiam seguramente obter financiamentos para as reformas junto a iniciativa privada. Mas aí o petista vem com a sua estultice habitual: mas e se a iniciativa privada não quiser financiar essa obras? Ora, meu caro tupinambá, se a iniciativa privada não quiser financiar essas obras é porque elas não são assim tão rentáveis quanto o governo quer fazer parecer. Afinal, o mercado é regido por leis bastante simples de compreender e uma delas diz que o dinheiro gasto num empreendimento de qualquer natureza deve ser proporcional aos rendimentos daquele empreendimento. Ninguém em sã-consciência sai por aí rasgando dinheiro, portanto, é natural pensar que se a Copa do Mundo e as Olimpiadas fossem de fato tão rentáveis, o empresariado faria de tudo para garantir a realização dessas competições e ampliar o seu faturamento. É simples, pelo menos para aqueles que leram autores como Smith e Bastiat.

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