15 janeiro 2010

As vítimas do terrorismo de esquerda

As esquerdas alegam que o Regime Militar, ao longo de 21 anos, matou 424 dos seus militantes. É um número provavelmente inflado. Mortos comprovados são 293 - os outros constam como "desaparecidos" e se dá de barato que tenham sido mortos por "agentes do regime". Nessa conta, diga-se, estão quatro militantes da ALN-Molipo que foram mortos pelos próprios "companheiros". Ela também inclui os que morreram de arma em punho na Guerrilha do Araguaia.

O fato de terem morrido diversas pessoas sob a guarda do Estado, não dá aos militantes de esquerda o direito de agirem da mesma forma. Como diz o ditado: "Dois erros não fazem um acerto". Infelizmente, a esquerda não dava a mínima para sabedoria popular e matou nada menos que 119 pessoas, muitas delas sem qualquer vinculação com a luta política. Como se não bastasse, contribuiu para que se consolidasse uma outra brutal inverdade histórica, segundo a qual as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de 1968. É como se, antes disso, eles tivessem se dedicado apenas à resistência pacífica.

Antes do AI-5, que marcou o inicio da repressão, a esquerda matou 19 pessoas. Em muitos casos, os nomes dos assassinos são largamente conhecidos. Se vocês forem procurar na lista dos indenizados com a Bolsa Ditadura, muitos homicidas estão lá, sendo beneficiados por sua "luta política". Em nossa sociedade, o terrorista é alçado a condição de herói. As vítimas da esquerda não tem nem mesmo direito à memória, pois o seus nomes foram apagados da história pela Comissão da Mentira.

Quem se lembra de Paulo Macena? O vigia do Cine Bruni, no Flamengo, que morreu em uma explosão causada por uma bomba deixada por uma organização comunista? Alguém se lembra de Edison Régis de Carvalho? O jornalista que foi morto pela explosão de uma bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes? E de José Gonçalves Conceição, o Zé Dico? Ele foi morto por por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Na ocasião, Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas. Outro civil que não tinha qualquer relação com o regime era o bancário Osíris Motta Marcondes, morto enquanto tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente. Alguém se lembra de Noel de Oliveria Ramos? Noel era aposentado e foi morto com um tiro no peito em um conflito entre estudantes. Em 68, um grupo de estudantes se reuniu no Largo de São Francisco para distribuipanfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR de Dilma Roussef, se infiltrou no movimento e tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em sua grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

Esses são apenas alguns nomes de civis que não tinham qualquer relação com o regime e foram mortos covardemente pelos militantes de esquerda. Infelizmente, nenhum deles teve direito à justiça. Na realidade, nenhum deles teve direito à memoria.

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