Nos últimos dias a mídia "de esquerda" públicou uma série de matérias sobre a atuação dos EUA no Haiti. A maior parte dessas matérias, endossava a teoria do pseudo-intelctual uruguaio, Eduardo Galeano, de que os países latino-americanos são pobres porque foram explorados pelos ricos. Trata-se de uma tese farsesca que desconsidera o papel do homem no desenvolvimento do espaço geográfico. Até parece que os países latino-americanos sempre valorizaram o trabalho, o mérito e o espírito de iniciativa. Até parece que os países latino-americanos tiveram bons governos, instrumentos políticos corretos e uma gestão fiscal rigorosa. Até parece que os países latino-americanos zelam pela segurança pública e pela estabilidade jurídica.
O terremoto que atingiu o Haiti, transformou o país no Inferno de Dante. Em nenhum outro lugar a frase bíblica "os vivos terão inveja dos mortos", pode ser melhor aplicada. Ao lado da pobreza crônica, os haitianos convivem com a destruição física. O terremoto interrompeu as linhas de abastecimento do país fazendo com que a fome a sede se instalassem em definitivo. Não restou nada aos cidadãos daquele país, exceto a caridade. Infelizmente, nem mesmo a caridade está livre daqueles que anseiam em transformar uma tragédia de proporções dantescas em um fato político. Vários artigos criticaram, ainda que de forma velada, a ação dos EUA. Segundo eles, a ação norte-americana precisa ser compreendida através das relações de poder descritas por Michel Foucault e Max Webber. Sem querer menosprezar as contribuições desses dois grandes expoentes do pensamento humano, gostaria de lembrar que o que está em jogo no Haiti não é a hegemonia do sistema capitalista (aqui representado pelos EUA), mas sim a sobrevivência dos miseraveis haitianos.
Para se ter uma ideia do rídiculo a que chegaram os países sul-americanos, recentemente o presidente boliviano acusou o presidente dos EUA, Barack Obama, de se aproveitar da tragédia para "invadir" um país já combalido. O Brasil, que pretende ocupar um papel de liderança entre as nações do Cone Sul, não ficou atrás. O país, que até pouco tempo abrigava na alma o complexo de vira-lata, resolveu mostrar os dentes em uma notável manifestação do complexo de rottweiler. A ciumeira das autoridades brasileiras em relação a rápida e decidida ação do governo norte-americano, é de causar arrepios. O ministro da defesa, Nelson Jobim, reagiu com a mais pura masturbação diplomática e classificou a ajuda prestada pelos norte-americanos como "assistencialismo unilateral". Qualquer pessoa que não tenha perdido o bom-senso, sabe que os haitianos não estão minimamente preocupados com a cor do assistencialismo. Tudo que eles querem é que funcione.
É claro que precisa haver coordenação, como cobra o chanceler brasileiro Celso Amorim, mas é bobagem resmungar sobre a relevância do papel que os EUA assumiram. É brigar com os fatos da vida! Os EUA podem mais do que qualquer outro país, o que é escandalosamente óbvio. Só na última semana, eles enviaram vários navios da Guarda Costeira e um porta-aviões com 19 helicópteros, 51 leitos hospitalares, 3 centros cirúrgicos e capacidade para tornar potável centanas de milhares de litros d'água por dia. É preciso destacar que os EUA tem mais de 10 mil soldados no Haiti e um esquadrão formado por 300 homens da área de saúde. Nenhum dos países americanos tem condições de enviar um décimo da ajuda fornecida pelos EUA, o que torna a sua reação ainda mais rídicula.
A tentativa de pintar os EUA como uma potência neocolonialista já começa a ganhar ares de piada. A ação dos norte-americanos evidenciou o fracasso da ONU e fez com que o governo brasileiro ficasse com cara de palhaço diante de toda a impressa internacional. Na medida que a situação das famílias haitianas se agravava, vimos os países sul-americanos perderem o controle e começarema dar vazão aos seus habituais desvairios. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusou o "império yankee" de invadir o Palácio Presidencial e abrir pistas de pouso e decolagem à revelia do governo haitiano. Já o presidente boliviano, Evo Moralles, disse que irá à ONU denunciar um suposto projeto de poder dos norte-americanos no Haiti. O que Moralles não sabe é que o Brasil já fez isso. Na sexta-feira passada, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luísa Viotti, disse que "estava em busca de informações sobre o caráter da presença das tropas americanas em Porto Príncipe". Pelo visto, as nações sul-americanas embarcaram mesmo na tese de que somos pobres porque fomos explorados pelos países estrangeiros.
Sejamos coerentes, o Haiti é um país atolado na miséria absoluta que foi dissolvido pela maior tragédia ocorrida desde a fundação da ONU há exatos 60 anos. Mergulhado no pesadelo incomparável, desprovido de tudo, o Haiti precisa de muito pão, mas por enquanto não precisa de circo. Já está mais do que na hora de levarem essas conversa rastaquera sobre relações de poder e neocolonialismo para outro lugar!
O terremoto que atingiu o Haiti, transformou o país no Inferno de Dante. Em nenhum outro lugar a frase bíblica "os vivos terão inveja dos mortos", pode ser melhor aplicada. Ao lado da pobreza crônica, os haitianos convivem com a destruição física. O terremoto interrompeu as linhas de abastecimento do país fazendo com que a fome a sede se instalassem em definitivo. Não restou nada aos cidadãos daquele país, exceto a caridade. Infelizmente, nem mesmo a caridade está livre daqueles que anseiam em transformar uma tragédia de proporções dantescas em um fato político. Vários artigos criticaram, ainda que de forma velada, a ação dos EUA. Segundo eles, a ação norte-americana precisa ser compreendida através das relações de poder descritas por Michel Foucault e Max Webber. Sem querer menosprezar as contribuições desses dois grandes expoentes do pensamento humano, gostaria de lembrar que o que está em jogo no Haiti não é a hegemonia do sistema capitalista (aqui representado pelos EUA), mas sim a sobrevivência dos miseraveis haitianos.
Para se ter uma ideia do rídiculo a que chegaram os países sul-americanos, recentemente o presidente boliviano acusou o presidente dos EUA, Barack Obama, de se aproveitar da tragédia para "invadir" um país já combalido. O Brasil, que pretende ocupar um papel de liderança entre as nações do Cone Sul, não ficou atrás. O país, que até pouco tempo abrigava na alma o complexo de vira-lata, resolveu mostrar os dentes em uma notável manifestação do complexo de rottweiler. A ciumeira das autoridades brasileiras em relação a rápida e decidida ação do governo norte-americano, é de causar arrepios. O ministro da defesa, Nelson Jobim, reagiu com a mais pura masturbação diplomática e classificou a ajuda prestada pelos norte-americanos como "assistencialismo unilateral". Qualquer pessoa que não tenha perdido o bom-senso, sabe que os haitianos não estão minimamente preocupados com a cor do assistencialismo. Tudo que eles querem é que funcione.
É claro que precisa haver coordenação, como cobra o chanceler brasileiro Celso Amorim, mas é bobagem resmungar sobre a relevância do papel que os EUA assumiram. É brigar com os fatos da vida! Os EUA podem mais do que qualquer outro país, o que é escandalosamente óbvio. Só na última semana, eles enviaram vários navios da Guarda Costeira e um porta-aviões com 19 helicópteros, 51 leitos hospitalares, 3 centros cirúrgicos e capacidade para tornar potável centanas de milhares de litros d'água por dia. É preciso destacar que os EUA tem mais de 10 mil soldados no Haiti e um esquadrão formado por 300 homens da área de saúde. Nenhum dos países americanos tem condições de enviar um décimo da ajuda fornecida pelos EUA, o que torna a sua reação ainda mais rídicula.
A tentativa de pintar os EUA como uma potência neocolonialista já começa a ganhar ares de piada. A ação dos norte-americanos evidenciou o fracasso da ONU e fez com que o governo brasileiro ficasse com cara de palhaço diante de toda a impressa internacional. Na medida que a situação das famílias haitianas se agravava, vimos os países sul-americanos perderem o controle e começarema dar vazão aos seus habituais desvairios. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusou o "império yankee" de invadir o Palácio Presidencial e abrir pistas de pouso e decolagem à revelia do governo haitiano. Já o presidente boliviano, Evo Moralles, disse que irá à ONU denunciar um suposto projeto de poder dos norte-americanos no Haiti. O que Moralles não sabe é que o Brasil já fez isso. Na sexta-feira passada, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luísa Viotti, disse que "estava em busca de informações sobre o caráter da presença das tropas americanas em Porto Príncipe". Pelo visto, as nações sul-americanas embarcaram mesmo na tese de que somos pobres porque fomos explorados pelos países estrangeiros.
Sejamos coerentes, o Haiti é um país atolado na miséria absoluta que foi dissolvido pela maior tragédia ocorrida desde a fundação da ONU há exatos 60 anos. Mergulhado no pesadelo incomparável, desprovido de tudo, o Haiti precisa de muito pão, mas por enquanto não precisa de circo. Já está mais do que na hora de levarem essas conversa rastaquera sobre relações de poder e neocolonialismo para outro lugar!
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