No momento em que outras nações deixam para trás a crise financeira ou fazem as contas para sair dela, a Venezuela de Hugo Chávez segue na direção contrária e entra oficialmente em recessão. Na semana passada, o Banco Central venezuelano anunciou que, pelo segundo trimestre consecutivo, houve recuo na produção de riquezas no país. O PIB dos últimos três meses está 4,5% abaixo do registrado no ano passado. Até meados do ano, esperava-se que o encolhimento fosse de 1% a 2%. Praticamente todas as atividades se contraíram. A indústria desabou 9,2%. O comércio, 11%. A produção de petróleo caiu quase 10%. Em dez anos de governo bolivariano, as políticas socialistas arruinaram o setor privado, enquanto o estatal passou da mera ineficiência à total paralisia.
As razões que empurraram a Venezuela para a atual situação são muito diferentes das que detonaram a crise financeira no mundo. A principal delas é a diminuição na produção de petróleo, responsável por mais de 90% das divisas externas. Há um ano, mais de 3 milhões de barris eram diariamente eram produzidos no país. Agora, são apenas 2,2 milhões de barris. Motivo: a PDVSA, estatal petrolífera e maior empresa do país, cancelou investimentos na perfuração de poços.
Com o encolhimento da economia, o sapientíssimo Hugo Chávez teve a brilhante idéia de rever a forma como se calcula o PIB. É típico do socialistas, ao invés de tratarem a causa da doença, concentram-se em mascarar os sintomas. Brilhante!
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