19 junho 2009

Optando pela educação domiciliar

Decidir se seu filho deve ou não receber a educação escolar domiciliar é uma decisão importante e como em qualquer decisão, é muito importante que você faça uma pesquisa. Se você conhece pessoas que praticam este método de ensino, converse com elas. Descubra o que elas gostam e o que não gostam a respeito do processo. Consulte os seus amigos e parentes e caso não encontre ninguém que tenha aderido à educação domiciliar, não se aflija, pois existem N sites, quadros de mensagens e grupos de bate-papo a respeito do assunto. Além de livros de referência do tipo 'todos em um' como "Homeschooling Almanac", de Mary e Michael Leppert, e "Homeschooling for Success," de Rebecca Kochenderfer e Elizabeth Kanna, você pode encontrar livros como "Real-Life Homeschooling," de Rhonda Barfield, que conta a história de 21 famílias bastante diferentes que praticam o aprendizado escolar domiciliar.

Infelizmente, o aprendizado escolar ainda não foi difundido em nosso país e provavelmente você encontrara dezenas de barreiras legais para levar adiante esta idéia. Há pouco tempo atrás, uma família de Timóteo, MG, decidiu educar os seus filhos em casa e enfrentou inúmeros contratempos por conta da sua decisão.

Com medo de perder o monopólio da educação, o Estado processou criminalmente a família e ameaçou os pais de perderem a guarda dos filhos caso não os matriculassem imediatamente em uma instituição de ensino regular. Além disso, decidiu que os dois meninos deveriam fazer provas de conhecimentos gerais para verificar se houve "abandono intelectual".

Os pais destes meninos decidiram seguir em frente, e aceitaram o desafio de submeter seus filhos a essas provas que, diga-se de passagem, foram elaboradas de maneira peculiarmente maliciosa pelos membros da Secretaria Municipal de Educação de Timóteo e da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais.

Os redatores da prova chegaram ao cúmulo de inventar questões que exigiam conhecimento sobre teatro japonês e teoria das cores e pinturas, além de questões dissertativas sobre obras de arte de Pablo Picasso, Leonardo da Vinci e Claude Monet.

Para evitar que outras famílias enfrentem problemas como este, os senhores Henrique Afonso e Miguel Martini (ambos são pais preocupados com o futuro da educação em nosso país), elaboraram um projeto de lei (PL-3518/2008), com o objetivo de devolver as famílias brasileiras o direito natural de atuar na educação dos próprios filhos. Apesar da boa vontade destes senhores, o projeto conta com pouca ou nenhuma simpatia dos nossos deputados e senadores e dificilmente chegará a ser aprovado.

Nenhum comentário: