Vamos preservar a natureza? Vamos! Eu topo! Aliás, começaria por reduzir aquele Carnaval em Copenhague. Aquelas milhares de pessoas que lá estão debatendo o clima — 90%, aposto, formam um bando de desocupados da mais absoluta irrelevância — ajudaram ou não a aquecer o planeta para chegar lá? Terão recorrido ao teletransporte? Se há gente patrulhando o bife que eu como, eu exijo que só se façam deslocamentos que queimem combustíveis se eles forem absolutamente necessários. Qual é o tamanho ideal de uma delegação? Há quase 50 mil pessoas na cidade só para discutir aquecimento… global! Trata-se de uma gente patética! Ou devo comer o bife com culpa para que eles possam viajar a Copenhague sem culpa?
Qual é? Qualquer reunião sobre o clima que não comece contestando a informação de que a atividade humana responde por algo em torno de 3% das emissões de carbono não é séria. E isso não será contestado porque o homem responde por umas sete ou oito toneladas de um total de quase 300 toneladas. E aí? Como todo milenarismo, este também despreza os fatos. Na hipótese de que haja mesmo um aquecimento, ainda que se eliminassem as emissões provocadas pelo homem, o planeta deixaria de aquecer?
Por que a confusão de Copenhague? Porque chegou a hora de toda essa loucura se converter em dinheiro, e a "culpa" do homem se transformou na "culpa" de países. Os pobres e emergentes dizem: "Temos direito às nossas emissões porque também queremos ser desenvolvidos". Os ricos respondem: "Mas quanto bem fizemos à humanidade enquanto emitíamos?" E alguns discursos hipócritas caíram por terra, não é? George W. Bush, o satã de plantão, não aderiu ao Protocolo de Kyoto por causa das metas vinculativas. E, na prática, Obama repete o seu comportamento. Percebeu o que seu antecessor já sabia: o Protocolo dos Sábios de Kyoto tinham um único alvo: os EUA.
Chegou a hora? Quem vai meter a mão no bolso? A reunião de Copenhague se transformou naquilo que estava destinada a ser: o chororô dos países mais pobres tentando arrancar uma grana dos ricos.
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